Encerramento do Simpósio “Doenças Cardiovasculares, Mentais, Oncológicas e Cuidados Paliativos”: comunidade médica cabo-verdiana e médicos cabo-americanos reafirmam vontade de cooperar na oferta de formação, equipamentos e tratamentos médicos

O Dr. Artur Correia, antigo Diretor Nacional de Saúde e orador da Conferência de Encerramento do Simpósio “Doenças Cardiovasculares, Mentais, Oncológicas e Cuidados Paliativos”, que se realizou na tarde desta sexta-feira, 28, na cidade da Praia, afirmou durante a sua comunicação que Cabo Verde só conseguirá vencer os desafios que se impõem ao sistema nacional de saúde “se apostarmos na inovação”.

Ora, “para inovar é preciso formação”, declarou o Dr. Artur Correia. Por isso, explicou o mestre em Saúde Pública, serão muito importantes quaisquer parcerias e colaborações que a Ordem dos Médicos conseguir estabelecer com a Cabo Verdean American Medical Society, sendo o Serviço de Telemedicina e as teleconsultas uma das áreas em que os médicos cabo-americanos poderão apoiar mais.

O Dr. Artur Correia lembrou que o Serviço de Telemedicina foi implementado no país em 2019, após cinco anos como programa experimental, e hoje há salas de telemedicina em todas as ilhas do país, dividindo-se o serviço entre telemedicina nacional (a partir dos dois hospitais centrais) e telemedicina internacional, numa colaboração com a Universidade de Coimbra.

“Olhando para a nossa diáspora, penso que temos uma grande janela de oportunidades para colmatar as lacunas do Serviço de Telemedicina e para nos ajudar a implementar os chamados Hospitais 4.0, que através dos muitos equipamentos e tecnologias que a inovação tecnológica coloca à nossa disposição, permitem-nos intervenções mais eficazes e economia de recursos e custos”, concluiu antes de elogiar a OMC e a CVAMS pela capacidade de juntar esforços para organizar o simpósio.